Hoje vou falar de amor (A-m-o-r ) –
uma palavra linda e cheia de significados. Jamais deveria causar dor,
ainda mais aquela que dilacera o peito e corrói a alma – quando não
existe nenhum analgésico capaz de aliviar os sintomas da destruição
daquilo que foi sagrado.
O ser amado vai se afastando e você nem
percebe… ou não quer perceber: um cansaço, uma outra escolha, algo que
você fez e jamais deveria ter feito, um telefonema que você deu na hora
errada… tudo claro e justificado, às vezes com indignação.
Até ao fim respondemos com ingenuidade…
Será? Ou quem sabe, com fingida indiferença. E, de um momento para o
outro, nos encontramos a sós, num abismo de incertezas e confusão.
Descobrimo-nos do lado de fora de tudo,
atirados para a irremediável secura do deserto. Sozinhos e completamente
entregues ao sabor amargo da desilusão.
Isso me faz pensar que a distância que
vai daquilo que somos ao que estamos convencidos que somos é, na maioria
das vezes, muito grande. E nos revelamos sem máscaras somente no fim.
Quando o amor acaba, ou o que faz com
que ele acabe, é a revelação em toda a sua crueza do que nós realmente
somos: homens ou mulheres sem grandeza nem bondade.
Para mim, é um choque sempre.
Para os outros também deve ser.
Para os outros também deve ser.
Mas… nessa altura, a relação tem de acabar no rancor, na amargura? Tem de acabar, sequer?
De qualquer forma, podemos concluir que o
ser que tanto amamos não é o ideal, mas é predominantemente desejável,
comovente e amável… Claro que sim!
Temos a opção de mendigar amor ou não,
de sofrer ou não, de sentir revolta ou não. Somos responsáveis por
nossas escolhas e assim a vida segue seu curso, como deve ser, a gente
querendo… ou não!
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